segunda-feira, 28 de março de 2011

Correios não serão privatizados.

Segundo notícia publicada no dia 21/03/2011 pelo ministério das Comunicações, Paulo Bernardo, a privatização dos Correios está fora de questão. Ainda segundo o ministério, as justificativas são as intenções da presidente Dilma em investir na instituição (modernização e ampliação dos serviços).
Vários boatos surgiram a respeito da privatização dos Correios, ou da concessão de determinadas áreas de atuação da empresa para empresas privadas.
Na minha opinião, um dos principais motivos da não privatização do setor é que as empresas vencedoras teriam concessões específicas. Deixe-me ser mais específico: a empresa X, vencedora do leilão, teria obrigação com a postagens de SP, MG, RJ e PR, por exemplo. Essas áreas são extremamente lucrativas para qualquer empresa, haja visto que a população possui um maior poder de aquisição, e é onde estão concentradas grandes empresas, que utilizam os serviços entre as filiais. Aos Correios, ficaria, por exemplo, a região Norte do país. Essa área não é lucrativa, pois, com exceção de algumas cidades, o desenvolvimento é baixo, o acesso é difícil, e a demanda, pequena.
Portanto, assim como acontece com a INFRAERO, não é interessante ao Governo que os trechos lucrativos sejam leiloados e operados por terceiros, visto que o balanço da empresa ficaria negativo.
Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. Bom porque o Governo não quer ter que tirar do próprio caixa para manter a empresa com balanço positivo, e, teoricamente, retirar dinheiro de áreas prioritárias, como saúde, educação etc. Por outro lado, os maiores prejudicados somos nós, pois é sabido que a infraestrutura dos Correios, aeroportos e rodovias brasileiros não são os melhores. Com o domínio da empresa no setor, não há concorrência, logo, não há disputa por preços ou por serviços de melhor qualidade.
Tomemos por exemplo a China. Eles possuem o serviço postal chinês, o China Post. Uma empresa altamente tecnificada, conta com mais de 230 postos de distribuição de encomendas, 3 aeronaves, mais de 60 vagões exclusivos em linhas férreas, com uma rede de mais de 3 milhões de quilometros de distribuição apenas na China. Possui quase a mesma idade do sistema irmão brasileiro (China - 1949, Brasil - 1969). Nem por isso outros operadores deixam de operar dentro da China. Apenas para exemplificar, temos o Hong Kong Post, além das gigantes FedEx, DHL e UPS.
Talvez uma mudança na Constituição, tornando aberta a concorrência, fosse saudável para todos. Basta que não sejam feitas concessões de determinadas áreas, mas sim que todos possam operar nas áreas que bem entenderem, não prejudicando o sistema já implantado no Brasil, mas pelo contrário, incitando a concorrência e melhorando os serviços à população.

Abraços.

Apresentação

Sejam bem vindos. Antes que me julguem, deixe-me apresentar quem sou. Estudo agronomia na Universidade Estadual de Londrina (quarto ano), e tenho interesse em diversas áreas, desde logística até agroecologia e fitopatologia. Não sou nenhum revolucionário (longe disso) e também não é o meu intuito criticar esse ou aquele governo pelo que foi feito ou deixado para trás.
Quero, através dessa ferramenta, expor as notícias que muitas vezes não são tão divulgadas assim, e dessa maneira, deixar o leitor informado a respeito do que ocorre no nosso País. 
Por favor, guardem seus comentários de baixo nível para vocês. Comentem algo que possa ser construtivo (seja para a informação de todos, seja para o blog).

Espero poder informar mais e melhor a todos.