quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Municípios brasileiros não estão preparados para fortes chuvas, aponta IBGE


Apesar dos crescentes casos de enchentes no país, os municípios brasileiros ainda se mostram ineficientes no combate aos alagamentos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, que serviu como base para o Atlas de Saneamento 2011 –divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (19)– 40,8% das cidades sofreram com algum tipo de inundação entre 2000 e 2008.  Em 30,6% dos municípios foram registrados alagamentos em áreas até então não inundáveis.
As principais razões para as enchentes no país, segundo o IBGE , são a falta de planejamento apropriado dos sistemas de drenagem instalado e a inadequação dos projetos de engenharia à real dimensão das necessidades brasileiras. Segundo o instituto, as condições de drenagem levam em conta dados como obras de infraestrutura para drenar a água da chuva, erosão de terrenos, desmatamento e ocupação do solo.
Nacionalmente, 94,5% dos municípios afirmam possuir algum serviço de manejo das águas pluviais –número que chega a 100% nas cidades com mais de 300 mil habitantes–, mas apenas 12,7% declaram possuir algum dispositivo de amortecimento de vazão das águas (como barragens e reservatórios), e apenas 11,9% tem dispositivos de contenção de água, como lagoas.
O estudo lista ainda outros problemas que atuam como agravantes das enchentes nas cidades que registraram alagamentos. Entre eles estão a obstrução de bueiros e bocas de lobo –45,1% das cidades declararam ter o problema –; a ocupação desordenada do solo, que atinge 43,1% dos municípios; e o lançamento inadequado do lixo (presente em 30,7%).
Ainda de acordo com pesquisa, apenas 28,3% dos municípios fazem uso de informações sobre os índices de chuva. O número é ainda menor quando se refere ao monitoramento dos índices de níveis de água nos rios: apenas 11,4% acompanham os dados.
Fonte: UOL

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