quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ferrovias transportam mais, porém sem investimentos.


As concessionárias de ferrovias no Brasil deverão investir um total de 3 bilhões de reais em 2011, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O montante é praticamente equivalente aos 2,9 bilhões de reais investidos em 2010.
A movimentação total de carga teve crescimento de 12,7 por cento entre 2010 e este ano, passando de 470 milhões de toneladas úteis (TU) para 530 milhões de TU, estima o levantamento.
A CNT fez 132 entrevistas junto aos clientes mais significativos das ferrovias e apurou que os principais produtos transportados pelas ferrovias são minérios, soja, açúcar e milho. O levantamento mostrou que 60 por cento dos clientes usam o modal há menos de 20 anos. "É uma modalidade de transporte que ressurgiu a partir do processo de concessão" disse o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.
Segundo essa pesquisa, 65,9 por cento dos clientes usam terminais próprios e 74,2 por cento não possui vagões próprios. Além disso, 76,7 por cento não gostaria de ter vagões próprios.
Por outro lado, 94,4 por cento das empresas que contratam as concessionárias têm interesse em investir em obras ferroviárias, como ramais particulares ou terminais.
"É natural construir ramais com a linha principal. A indústria petroquímica faz isso, o setor de papel e celulose, o agronegócio. É muito natural que o investimento seja dentro da área de domínio, deixando o material rodante para o operador", disse o presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça.
Segundo a CNT, a metade dos clientes entrevistados disse que usa as ferrovias para transportar mais de 46 por cento da produção.
O principal entrave apontado pelos entrevistados para usar as ferrovias é o custo do frete, citado por 39,4 por cento dos clientes. A falta de vagões especializados foi mencionada por 33,3 por cento deles e a confiabilidade dos prazos por outros 31,1 por cento.
Fonte: Reuters

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brasil e o típico caos do final de ano.



Fim de ano no Brasil, e o que todo mundo quer é pegar uma praia no litoral sul de São Paulo, ou ir conhecer as deslumbrantes praias do Nordeste. Os com maiores posses preferem, talvez um destino internacional. Independente do destino e do meio de transporte, o caos é sempre o mesmo.

Marginais engarrafadas, aeroporto superlotados, ônibus extras e rodoviárias em estado de calamidade. É esse que um turista que vem ao Brasil no final de ano vê. Tudo pode estar as mil maravilhas o ano todo, porém é nessa hora que o "nó" da falta de investimento em infraestrutura aperta de verdade.

E o conformismo dos brasileiros com tal situação é ainda pior. Somos acomodados por natureza, e não por escolha. Afinal, sempre foi assim, de que adianta mudar agora, certo? Não. Errado.

Temos que mudar, exigir de nossos políticos os investimentos necessários em todas as áreas, desde transporte até escolas e hospitais, e não apenas assistir o Jornal Nacional e apenas reclamar para o Bonner.

Mas essa não é uma mudança simples, precisa de anos e de desenvolvimento cultural da população. Creio que ainda veremos muitas vezes as situações como as da foto acima, com completo descaso das autoridades e dos prestadores de serviços.

Enquanto isso, continuamos apenas sendo o Brasil "para inglês ver", enquanto que o nosso povo vê de fato o que acontece por aqui.