sexta-feira, 13 de maio de 2011

Começam as privatizações nos aeroportos.

Bandeira do companheiro ex-presidente Lula, os aeroportos públicos devem estar com seus dias contados. Isto porque, tardiamente, o governo percebeu que não tem dinheiro nem competência para administrar os principais terminais aéreos do país. Mas como diz o velho ditado, antes tarde do que nunca!
Não se sabe ao certo ainda qual será o modelo utilizado no Brasil, mas tudo indica que o terminal realmente será explorado por empresas privadas, sem participação do governo, e estas terão direito a explorar os terminais e todas suas taxas (de embarque, de permanência de aeronaves, aluguéis, etc). Entretanto, estas serão também responsáveis pela administração dos aeroportos, bem como sua manutenção e construção de novos terminais, pistas ou qualquer outro elemento que se julgue necessário.
Cabe dizer que, apesar de a idéia ser jovem, é de se louvar tal passo dado pelo governo da presidente Dilma. Não faço aqui uma propaganda partidária, mas apenas um elogio. Isso prova que ela, talvez, tenha realmente sido eleita e irá trabalhar para diminuir as desigualdades, e talvez melhorar áreas básicas, como segurança, saúde e educação.
Adotando tal medida, o governo brasileiro dá um passo importante, apesar de estar super atrasado, em relação aos grandes eventos que teremos em breve. O caos nos aeroportos, provavelmente, irá se repetir, principalmente nos terminais de Brasília, Guarulhos e Curitiba, que operam acima do limite máximo há um bom tempo, e terão obras emergenciais, que não deverão ser suficiente nem para atender a demanda doméstica.
Um fato que me chamou a atenção é a limitação das companhias aéreas em participar com apenas 10% do capital investido no terminal, além de não poderem ocupar o assento de administração nem indicarem alguém ao cargo.
Isso, por um lado, é bom. Diversifica os investimentos das aéreas, que vão obter lucros nos terminais, além de elas estarem investindo em algo que será benéfico a elas próprias.
Porém, por outro lado, não é interessante. Terminais como o de Dallas, Chicago, Atlanta, Los Angeles, Memphis, entre tantos outros nos EUA, país com maior número de aeroportos privados, tem terminais inteiros construídos e administrados pelas próprias companhias. E isto faz com que elas otimizem seus serviços, pois centralizam bagagens e voos de conexão, diminuindo o tempo de aeronaves e passageiros em solo, desafogando os terminais. Claro, os aeroportos por lá são muito mais planejados do que os que temos por aqui, mas custa sonhar? Acho que não, e, na verdade, essa realidade pode estar bem próxima. Depende apenas de nossos governantes admitirem que não são capazes de administrar todos os aeroportos do país, deixando isso para a iniciativa privada, e melhorando, em todos os sentidos, a aviação comercial nacional.

Aeroporto de Atlanta, aeroporto com maior número de passageiros do mundo, cujas operações são dominadas pela Delta, maior companhia aérea do mundo, e possui 2 terminais inteiramente administrados pela cia.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Brasil, Copa do Mundo e Futebol.

Que brasileiro gosta de futebol, isso todo mundo já sabe. E nós contamos com alguns dos melhores jogadores do mundo, e formamos uma seleção quase imbatível, com um dos campeonatos nacionais mais disputados do globo. Além de tudo isso, já possuímos uma certa infraestrutura em nossos estádios que, apesare de não serem os mais modernos, são sem dúvidas os mais belos e aqueles com o qual é possível o maior contato entre torcida e time.
Porém, nem tudo é um mar de rosas para a organização brasileira da Copa do Mundo. As obras, como já de praxe, seguem atrasadas, e, provavelmente, os orçamentos irão estourar novamente. Porém, essa é apenas a ponta do iceberg. O que mais me intriga, agora, é a falta de comprometimento total com o evento. Evento que irá atrair todas as atrações do mundo por 1 mês, além de dar um demonstrativo do que irá acontecer nos eventos olímpicos 2 anos após.
Os governantes não parecem perceber o quão importante é o evento. Ainda mais: nada no sentido de mudar o vento parece surgir. Os aeroportos, já afogados apenas com o tráfico existente hoje, não serão suficientes, mesmo com a ampliação e os "puxadinhos", os MOT (Módulos Operacionais Temporários), solução temporária e, por certo lado, até inteligente da Infraero. Resta saber até quando essa característica "temporária" irá valer, e temos que tomar cuidados para que não se tornem definitivos.
Além disso, faltam hotéis em quase todas as cidades-sede. Engraçado que cidade como São Paulo e Rio de Janeiro, cidades conhecidamente turísticas, além de outras, serão pegas de calças curtas. Vai faltar muito hotel, o que pode causar preços exorbitantes mais exorbitantes do que os já praticados, e, em um cenário pior, turistas deixarão de vir, pois será inviável, por exemplo, viajar da Alemanha por R$2500 reais gastos em passagens, e um montante bem acima desse com gastos de hospedagens. O Rio já disse que os motéis suprirão a necessidade. Quero ver ter tanta camisinha!
Os estádios...ah, os estádios. Todos atrasados! Corremos o risco de ter uma copa ao som das vuvuzelas britadeiras que ainda estarão reformando os estádios à época da Copa. E daí ouvimos de um certo dirigente da CBF: "A África do Sul conseguiu, nós vamos conseguir". Eu usaria outra frase: "Os japoneses estarão 100% recuperados do terremoto e os estádios estarão 70% prontos"...que decepção!
Todos nós, brasileiros, queremos ainda acreditar que podemos fazer bonito nessa Copa. E realmente podemos. Porém, devemos começar a agir agora! Caso contrário, o fiasco será inevitável. Dentro e fora do campo.