sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Aeroportos cresceram acima da meta.


Aeroportos do país terão 530 milhões de passageiros em 2030, diz BNDES

A demanda anual de passageiros nos aeroportos brasileiros deverá chegar a 530 milhões de pessoas até 2030, o que provocará uma necessidade de investimentos de R$ 25 bilhões a R$ 34 bilhões nos 20 principais terminais do país.
Os dados foram apresentados hoje pelo presidente de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Siffert, no seminário sobre concessões aeroportuárias na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
"Esses números são uma grande oportunidade para o Brasil atrair investidores e operadores estrangeiros", disse Siffert.
De acordo com ele, o BNDES está aberto também a financiar os eventuais investidores estrangeiros em aeroportos no Brasil. Para investimentos em infraestrutura, o banco de fomento calcula uma taxa de juros de cerca de 8,4% ao ano em suas linhas de financiamento, sendo 6% da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e o restante da taxa de risco de crédito, o que depende do projeto e da empresa tomadora de recursos.
"Se você imaginar que o IPCA vai ficar entre 5% e 6%, a taxa real de juros do BNDES será de 3 pontos", ressaltou.
De acordo com o superintendente, o BNDES tem por costume conceder financiamentos com prazo de 16 anos no setor de infraestrutura.

Estádios de 2014: cinco cidades ainda não iniciaram obras.


Após inúmeras críticas da Fifa, as obras  dos estádios da Copa de 2014 enfim dão sinal de avanço. Mesmo assim, em pelo menos cinco das 12 sedes do Mundial a situação permanece indefinida ou as reformas e construções não começaram.
A demora no início dos trabalhos começa a ameaçar a realização da Copa das Confederações, como mostra levantamento do Portal 2014. O evento-teste acontece daqui a 33 meses, enquanto, segundo o próprio Comitê Organizador da Copa (COL), um estádio leva ao menos 30 para ficar pronto.

A pesquisa mostra que três capitais do Nordeste estão com obras paradas. Recife e Fortaleza já terminaram as licitações, mas não conseguiram tirar suas arenas do papel. Natal, por sua vez, promete lançar o edital na próxima segunda-feira (20/9) e corre o risco de iniciar a construção do Estádio das Dunas apenas em 2011.

No Sudeste, São Paulo ainda patina para definir sua arena. Após o veto ao Morumbi, surgiu como opção o novo estádio do Corinthians. No entanto, o comitê paulista não oficializou a escolha da arena, enquanto o clube permanece alheio ao Mundial, tocando o projeto para 48 mil pessoas.

A situação começa a melhorar em Curitiba. Após um ano de idas e vindas, o Atlético-PR deve assinar na segunda acordo com a prefeitura e o governo do Paraná. Levará R$ 90 milhões com a venda do potencial construtivo, em esquema que ainda depende de aval dos vereadores e dos deputados estaduais.

Belo Horizonte
As obras do Mineirão começaram em janeiro. Segundo o governo, 80% do rebaixamento do gramado foi concluído. A demolição do anel inferior deve terminar em dezembro. Enquanto isso, a licitação para a terceira fase, que define o concessionário por 27 anos, está marcada para outubro. O valor oferecido pelo grupo é de R$ 743,4 milhões, incluindo estádio e esplanada.

Brasília
O Mané Garrincha está em processo de desmonte e demolição. O governo começou a tocar as obras em maio, após o Tribunal de Contas distrital liberar o edital, então suspenso por suspeita de sobrepreço. Vencedor da licitação, o consórcio Via Engenharia/Andrade Gutierrez entrou nas obras no final de julho.
O estádio concorre à abertura e é o segundo mais caro da Copa (R$ 696 milhões). O Ministério Público distrital quer rescindir o contrato e reduzir a capacidade de 72 mil para 30 mil pessoas.

Cuiabá
Após o desmonte e demolição do Verdão, as obras em Cuiabá seguem para a compactação do solo, que prepara a etapa de fundações (leia mais). É o estádio com obras mais avançadas. Custará R$ 342 milhões aos cofres estaduais e será construído pelo consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior.

Curitiba
Prefeitura e governo prometem resolver a situação da Arena da Baixada na próxima segunda-feira. Proprietário do estádio, o Atlético-PR poderá captar R$ 90 milhões em títulos de potencial construtivo para a obra, e bancará outros R$ 30 milhões. As negociações se arrastam há mais de um ano.

Fortaleza
Após seis meses de atraso, o governo do Ceará divulgou nesta semana o vencedor da licitação do Castelão. A demora fez de Fortaleza uma das sedes mais atrasadas da Copa. Se homologado, o consórcio Galvão/Serveng/BWA vai construir (R$ 452,2 milhões) e operar o estádio por oito anos.

Manaus
Em fase de demolição, as obras da Arena Amazônia tiveram um pequeno atraso no cronograma, já que a Andrade Gutierrez teve que trazer máquinas de São Paulo. É um dos estádios em fase mais avançada de obras, que começaram em maio. Orçado em R$ 499,5 milhões, o estádio será bancado com recursos estaduais.

Natal
O governo promete para segunda o lançamento do edital do Estádio das Dunas (R$ 400), único sem concorrência lançada. Obras secundárias tiveram início em maio. Em julho, o governador reduziu o valor dos contratos dos projetos de R$ 27,4 milhões para R$ 4 milhões.

Porto Alegre
O Internacional começou a reforma do Beira-Rio em 29 de agosto, com perfurações para a instalação de estacas que vão dar suporte à cobertura do estádio. As obras de R$ 120 milhões não têm construtora definida.

Recife
Mesmo com a liberação em julho da licença ambiental, as obras da Arena Pernambuco não começaram. A concessionária Odebrecht/ISG/AEG finaliza uma pesquisa arqueológica no terreno, enquanto o governo tenta retirar os últimos posseiros da região. A construção está orçada em R$ 464 milhões.

Rio de Janeiro
Governo iniciou em maio obras secundárias no Maracanã. Após definição do consórcio Andrade Gutierrez/Odebrecht/Delta, em agosto, a reforma (R$ 705 milhões) teve início com o desmonte das cadeiras do anel inferior. Os cariocas já têm como certa a final na cidade.

Salvador
Após iniciar intervenções secundárias em maio, o consórcio OAS/Odebrecht implodiu a estrutura da Fonte Nova em 29 de agosto. Dentro de um mês devem começar as obras de fundação do estádio. Com construção orçada em R$ 591 milhões, o valor nominal do contrato do estádio chega a R$ 1,6 bilhão, já que envolve gestão e manutenção por 35 anos. A cidade é candidatou à abertura e pode ampliar a Fonte Nova de 50 mil para 65 mil lugares.

São Paulo
Após o veto ao Morumbi, São Paulo definiu o estádio do Corinthians para representar a cidade na Copa. No entanto, não há posicionamento oficial do comitê paulista. O clube construirá arena para 48 mil pessoas (R$ 335 milhões) com a Odebrecht e não se compromete a ampliar o estádio para público de 65 mil. São Paulo concorre à abertura da Copa, mas é a única sede indefinida.

Fonte: Portal Copa 2014

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma questão de ética - por Reginaldo Gonçalves.


Sediar uma Copa do Mundo visa a uma contrapartida no incremento das receitas com turismo e oportunidades criadas no ambiente interno em infraestrutura, empregabilidade, expansão do comércio local e estímulo às indústrias para capitalizar as oportunidades geradas por esse que é o maior evento esportivo do mundo. Porém, para realizá-lo não basta conquistar o disputado privilégio perante a Fifa. É preciso corresponder às complexas exigências da entidade.

No plano estrutural, são essenciais arenas esportivas com capacidade para atender ao público, sistema de segurança adequado, rede hoteleira para hospedar as seleções e os torcedores de todo o mundo, sistema de atendimento de saúde, rede de transporte público eficaz, implementação e melhoria dos centros comerciais, dentre outros itens. Para suprir todas essas demandas, os investimentos para a Copa de 2014, de acordo com o Site Transparência, estão na ordem de R$ 23,9 bilhões, sendo R$ 5,3 bilhões somente em São Paulo. Grande parte desses valores previstos para a região metropolitana paulista refere-se ao setor de transporte, abrangendo o monotrilho (54% do total), obras nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos (38%) e arena (8%).

Todos os gastos anteriormente citados referem-se apenas àqueles que já estão destinados através de fontes de financiamento e investimentos dos governos das várias esferas. De acordo com dados da ABDIB (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base), o aporte total é de R$ 112,8 bilhões, R$ 33,9 bilhões somente em São Paulo. Este montante, diferente do que aparece no Portal da Transparência, contempla obras de mobilidade urbana, rede hoteleira e hospitalar.

"Para suprir todas essas demandas, os investimentos para a Copa de 2014, de acordo com o Site Transparência, estão na ordem de R$ 23,9 bilhões, sendo R$ 5,3 bilhões somente em São Paulo"


No caso do Estádio do Corinthians, em Itaquera –apelidado de Itaquerão–, os recursos destinados de R$ 400 milhões previstos no Portal da Transparência, ou R$ 350 milhões apontados pela ABDIB, há que se considerar, ainda, os incentivos fiscais da prefeitura paulistana para cobertura da proposta da Construtora Norberto Odebrecht. Somente nessa obra estão previstos investimentos de R$ 1 bilhão, com custos iniciais efetuados pelo Corinthians de R$ 700 milhões. A proposta final ficou em torno de R$ 850 milhões. A prefeitura participará com R$ 420 milhões em estímulos fiscais, deixando de recolher esse valor aos cofres públicos.

Somente com a obra do estádio em Itaquera, o valor foi majorado em aproximadamente 142,8% em relação às estimativas iniciais da ABDIB. Isso poderá gerar surpresas futuras também com as outras obras espalhadas pelo país, com sacrifício orçamentário de prefeituras e governos estaduais.

Se houver majoração semelhante para todos os gastos previstos na cidade de São Paulo, o valor poderá chegar a R$ 82 bilhões e no Brasil, a R$ 274 bilhões. Alguns gastos ainda carecem de estimativas e outros estão subavaliados, como no caso de São Paulo –o investimento previsto é de R$ 1 bilhão, que hoje é muito baixo em relação às necessidades de saúde somente da zona leste.

A situação agrava-se em virtude da demora do início das obras e vários processos para que sejam verificados os procedimentos relativos aos benefícios fiscais e a forma de garantia dos financiamentos, assim como a situação da própria exploração dos estádios. Na cidade de São Paulo, há vários processos em andamento na Câmara dos Vereadores, contra procedimentos estabelecidos na parceria entre a prefeitura, Corinthians e a Construtora Norberto Odebrecht. Isso poderá prejudicar a manutenção da obra já iniciada.

"A população da zona leste de São Paulo sempre esperou, em vão, por obras que melhorassem a qualidade da vida na região, sempre usada como trampolim político"

Outras questões, no caso da cidade de São Paulo, carecem de esclarecimentos, como o problema enfrentado com a Petrobrás, relativos aos dutos de óleo que passam por baixo do estádio. Não ficou claro quem vai bancar a obra de desvio das tubulações. A estatal já sinalizou que os custos não sairão de seu bolso e o projeto da construtora não inclui essa despesa ou uma obra de infraestrutura que possa garantir a segurança dos dutos sem um problema ambiental para toda a região. Aliás, em todo o projeto faltam discussão e verbas destinadas à recuperação socioambiental.

A população da zona leste de São Paulo sempre esperou, em vão, por obras que melhorassem a qualidade da vida na região, sempre usada como trampolim político, mas esquecida em sua reivindicação por melhor transporte coletivo, saúde, ruas e estradas melhores, mais segurança, empregabilidade e melhores alternativas de lazer e cultura. Para o Itaquerão, contudo, os recursos aparecem. É preciso priorizar os investimentos que atendam às populações mais humildes. Está na hora da ética imperar e de se acabar com a politicagem e a omissão.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mesmo com obras, aeroportos da Copa não atenderão demanda.


A maior parte das obras previstas para os aeroportos da Copa de 2014 serão insuficientes para atender à demanda de passageiros já em 2016, apenas dois anos depois do evento esportivo.

A conclusão faz parte de um estudo coordenado pelo professor Elton Fernandes, do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia).

De acordo com o estudo, ao menos 12 aeroportos das cidades-sede permanecerão com gargalos depois do Mundial de futebol. O motivo é a demanda crescente de passageiros, que poderá dobrar nos próximos sete anos. As exceções são os aeroportos de Brasília, Fortaleza, Manaus e Rio de Janeiro (Galeão).

A Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, projeta investimento de R$ 5,4 bilhões em 16 terminais da Copa, mas vem enfrentando problemas para começar as obras.

O estudo da Coppe se baseia em padrões internacionais de medição. Um terminal aeroportuário confortável deve ter ao menos 23 m2 por passageiro doméstico no horário de pico, e mais 14 m2 por passageiros internacionais.

No entanto, os pesquisadores cariocas concluíram que, depois de terminadas as obras para a Copa, ainda haverá carência de 366 mil m2 para atender à demanda.

“A média internacional, que levantamos em 114 aeroportos, é de 29,98 metros quadrados por passageiro na hora-pico, enquanto, no Brasil, a maioria está abaixo de 23 metros m2. E essa situação não irá melhorar com as obras previstas pela Infraero”, afirma Fernandes.

A Coppe estima que, mesmo antes do Mundial de futebol, os aeroportos das cidades-sede já estarão operando acima do limite. Com isso, os três milhões de visitantes (brasileiros e estrangeiros) esperados para o evento podem enfrentar problemas para se deslocar durante a competição.

Números defasados
De acordo com os pesquisadores, a demanda prevista pela Infraero para os aeroportos está subdimensionada. Em 2014, os 16 terminais analisados devem receber 187,48 milhões de passageiros, número que representa crescimento de 46,7% em relação à demanda de 2010, que foi de 127,72 milhões.

De acordo com o estudo, o acréscimo de 60 milhões de embarques e desembarques é bastante superior ao número levado em conta pela Infraero no planejamento da expansão do setor.
Os aeroportos que deverão ter a maior taxa de crescimento são Viracopos (Campinas-SP), com 91%, e o Galeão, com 73%.

Fonte: Portal Copa 2014

Infraero muda cálculo e "aumenta" capacidade dos aeroportos da Copa.

A Infraero alterou a metodologia usada para calcular a capacidade dos 13 aeroportos que servirão à Copa. Com isso, mesmo sem mudanças nos planos de investimentos, os terminais poderão receber 100 milhões de passageiros a mais por ano. A informação é do jornal "Folha de S.Paulo".

Antes do novo cálculo da estatal, os aeroportos das 12 cidades-sede (mais Campinas-SP) estavam aptos a receber 95 milhões de usuários por ano. No entanto, em 2010, 104 milhões de passageiros passaram pelos terminais.

Os investimentos programados até 2014, da ordem de R$ 6,4 bilhões, previam um aumento na capacidade de 55 milhões de passageiros/ano. No total, durante o Mundial, 150 milhões poderiam utilizar os 13 areroportos.

Segundo estimativa da Infraero, em 2014, 152,6 milhões de passageiros devem passar pelos aeroportos da Copa. O novo cálculo elevou a capacidade para 256,8 milhões de pessoas. Além de conter a demanda, a "nova" infraestrutura dará uma folga de 41% ao sistema.

Segundo a estatal, a nova metodologia é baseada nos avanços tecnológicos e na mudança de perfil dos usuários. O superintendente de Planejamento da Infraero, Walter Américo, também afirma que os voos na madrugada influenciaram os cálculos. "Os aeroportos ficam abertos 24 horas, mas não considerávamos a madrugada no cálculo da capacidade. Mas agora há muitos voos [nesse período]", disse ao jornal.



Fonte: Portal Copa 2014

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Copa: Manaus, Recife, Natal e Cuiabá são as piores em saneamento.

Entre as cidades-sede da Copa, Manaus, Recife, Natal e Cuiabá são as que apresentam os piores índices de saneamento básico, com menos de 40% do esgoto coletado. O resultado consta de estudo divulgado ontem (26) pelo Instituto Trata Brasil, que analisou dados de 2009.

A capital do Amazonas ocupa a última posição desde 2003, quando teve início o levantamento. Lá, apenas 11% da população têm acesso à rede de coleta. Além disso, o índice de esgoto tratado caiu de 38% para 23% em um ano.

Em Cuiabá e Natal, praticamente dois terços dos habitantes não são atendidos pela coleta (confira tabela). O percentual de dejetos que recebem tratamento também é dos mais baixos do país, alcançando 22% e 14%, respectivamente.

Das cidades que receberão o Mundial de futebol em 2014, o destaque negativo é a capital pernambucana. De acordo com o estudo, o percentual de habitantes com acesso à coleta caiu de 47% para 39%. 

No ranking geral, que lista 81 cidades com mais de 300 mil habitantes, Recife despencou da 48ª para a 64ª posição em apenas um ano.

O estudo leva em conta dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), compilados pelo Ministério das Cidades. As informações são fornecidas pelas empresas operadores dos serviços nas cidades.

Extremos
O outro extremo da tabela mostra uma situação bastante diferente. As cidades de Curitiba, Brasília e Belo Horizonte, que universalizaram o acesso à água tratada, ocupam as primeiras posições.

Por coletar 85% e tratar 78% do esgoto gerado na cidade, a capital paranaense é a melhor ranqueada entre as sedes da Copa e a quinta na lista geral.

São Paulo (22), Porto Alegre (23), Fortaleza (32) e Salvador (35) também aparecem na metade de cima da tabela. Já o Rio de Janeiro, sede da final da Copa e da Olimpíada de 2016, ocupa apenas a 46ª posição geral. 

Além disso, quatro municípios fluminenses aparecem entre os 10 piores em saneamento: Duque de Caxias, Belford Roxo, São João do Meriti e Nova Iguaçu.

Lento
De acordo com o estudo, o Brasil tem mostrado avanços na ampliação dos serviços de saneamento básico, mas as melhorias ocorrem lentamente.

Entre 2003 e 2009, houve avanço de 2,9% no atendimento de água tratada, 12,1% na coleta e 7,8% no tratamento de esgoto. “Apesar de serem números relevantes, são muito baixos para o período”, diz Édison Carlos, presidente do Trata Brasil.

Com isso, o país fica cada vez mais longe da chamada “universalização”, quando a totalidade da população tem acesso aos serviços de saneamento.

O levantamento constatou que apenas 57% do esgoto gerado nos maiores municípios brasileiros é coletado pelas empresas prestadoras de serviço. O índice é ainda mais baixo quando se considera o volume tratado em comparação com o consumo de água, que atingiu média de 39% em 2009.

Para se ter ideia da dimensão dos danos, as 81 cidades despejaram por dia cinco bilhões de litros de esgoto sem tratamento no meio ambiente. O equivalente a duas mil piscinas olímpicas.

A situação só fica melhor em relação à água tratada. O estudo mostra que 66 cidades informaram atender mais de 80% da população com o serviço, sendo que 20 universalizaram o acesso.


Fonte: Portal Copa 2014

Presidente da Câmara rebate rumores sobre Copa fora do Brasil.


O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse hoje (27) que o país não corre o risco de ter a Copa do Mundo de 2014 cancelada por causa de atrasos nas obras dos estádios. Segundo ele, é uma “irresponsabilidade” declarações sobre o assunto a três anos dos jogos.

“Vamos realizar uma bela Copa do Mundo e o Parlamento vai contribuir para esse debate”, disse acrescentando que até o fim do ano o Congresso deverá concluir a votação da Lei Geral da Copa, que inclui todas as exigências da Fifa para o evento no Brasil.
A matéria está na Câmara aguardando votação. Hoje à tarde, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, deverá se reunir com Marco Maia para tratar da análise do projeto. “Até o fim do ano, vamos votar [a proposta] na Câmara e no Senado. Vamos trabalhar com celeridade, com rapidez e muita força para viabilizar mais rapidamente o projeto”, destacou.

Marco Maia disse que até 2013 todas as obras estarão prontas. E lembrou que esteve nas obras da abertura da Copa, no Rio de Janeiro, acompanhando o trabalho. “Os recursos estão todos liberados e garantidos.”


Fonte: Agência Brasil

Sinal amarelo para as cias aéreas.


A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) alertou nesta terça-feira para tempos difíceis para a indústria da aviação e o presidente da Thai Airways, Piyasvasti Amranand, disse nesta terça-feira que a turbulência nos mercados financeiros como os da Europa e Estados Unidos é "assustadora".
O diretor-geral e presidente-executivo da Iata, Tony Tyler, disse também que o sistema de comércio de emissões de carbono da União Europeia aumentará as pressões financeiras sobre as companhias aéreas, apesar de uma oferta de licenças gratuitas, que ele criticou como "ginástica linguística".
A associação já avisou que a fraca economia global levará a uma queda de 29% no lucro das companhias aéreas em 2012, para US$ 4,9 bilhões, e a uma redução de margens de lucro da indústria de 1,2% para 0,8% este ano.
"Há muita incerteza sobre a economia mundial, obviamente na Europa e Estados Unidos", disse Tyler a jornalistas.
A Iata, cujos 230 membros são responsáveis por mais de 93% do tráfego aéreo internacional, previu um crescimento econômico global de 2,4% em 2012, abaixo da projeção de 4% feita pelo Fundo Monetário Internacional.
"Não estamos prevendo uma recessão", disse Tyler.
Ainda assim, o crescimento global é altamente vinculado à performance financeira das companhias aéreas. Quando o crescimento cai abaixo de 2%, a indústria de aviação perde dinheiro, diz a Iata.
A volatilidade nos mercados financeiros na semana passada colocou mais pressão sobre a indústria da aviação.
"A crise recente do mercado é realmente assustadora", disse o presidente da Thai Airways. "As economias da Europa e dos Estados Unidos estão realmente desacelerando", disse ele.
Fonte: UOL

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Brasil poderá ter tecnologia 4G para a Copa.


Com primeiro contrato firmado, Brasil dá início a projeto de oferta de internet 4G na Copa



O governo brasileiro deu o primeiro passo, na semana passada, para cumprir uma meta ousada a que se propôs quando se dispôs a sediar a Copa do Mundo de 2014: oferecer serviço de internet rápida de quarta geração em todas as cidades-sede da Copa, incluindo nos estádios que receberão as partidas.
A internet móvel de quarta geração pode alcançar uma velocidade até dez maior do que os serviços 3G, atualmente disponíveis. O serviço que será disponibilizado em Brasília será a primeira banda larga 4G da América Latina. 
No último dia 22, o presidente da Telebras, Caio Bonilha, assinou com um representante da operadora de TV Sky um contrato para oferecimento de internet móvel de quarta geração na cidade de Brasília. O plano é ampliar a oferta para outras cidades partir de 2012. Não foram divulgados os valores envolvidos. 
A Telebras tem até 30 dias para entregar o sinal à Sky. Já a operadora, que tem como acionistas as Organizações Globo e a multinacional DirecTv, tem previsão de lançar o serviço no fim de outubro na capital federal.
UOL Esporte questionou a Sky sobre o valor do contrato com a Telebras, se as cláusulas preveem um plano de expansão para outras cidades e quais seriam os preços do serviço, entre outras perguntas. Através de sua assessoria de imprensa, porém, a empresa afirmou que "infelizmente, a SKY não está falando sobre este novo serviço". 
A promessa do ministério das Comunicações é a de que as redes de telefonia celular 4G, que já estão em pleno funcionamento nos Estados Unidos, em parte da Europa e na Ásia, estarão operantes nas 12 cidades que receberão a Copa do Mundo em 2013.
“Para a implementação da rede 4G será necessário o leilão de uma faixa de frequência, o que deve ocorrer até abril de 2012. Nas 12 cidades-sede, a nova tecnologia terá que estar disponível até abril de 2013, em tempo da Copa das Confederações”, explica Fábio Koleske, assessor do Ministério das Comunicações para o planejamento do Mundial.
O plano se originou no fato de, em 2007, o Brasil ter se comprometido com 11 garantias com a Fifa (organizadora da Copa) para receber o Mundial de futebol. Elas vão desde isenções tributárias até "estimular a expansão do uso de redes e serviços de telecomunicações pelos serviços de interesse público e providenciar a entrega de um moderno sistema de telecomunicações e tecnologia para a Copa".

R$ 200 MI EM FIBRA ÓTICA

  • Divulgação
    É o quanto vai gastar o governo brasileiro para levar conexão de internet rápida para todos os estádios e centros de treinamento da Copa do Mundo de 2014
Internet nos estádios
Também em virtude desta cláusula, que é a 11ª Garantia, o governo decidiu direcionar R$ 200 milhões, via Telebras, para a construção do cabeamento de fibras óticas até todos os estádios, concentrações e centros de treinamento da Copa, para tornar possível que uma operadora privada forneça internet móvel 4G dentro das arenas.
A decisão de investir R$ 200 milhões em cabos de fibra ótica para levar a internet de última geração a todos os estádios da Copa, incluindo praças como Manaus (AM) e Cuiabá(MT), onde dificilmente esses serviços serão economicamente exploráveis após o torneio, veio após reuniões entre a Telebras, o COL (Comitê Organizador Local da Copa) e Oi, a empresa parceira da Fifa para serviços de telecomunicações.
A rigor, não havia a obrigatoriedade de o governo brasileiro prover estes cabos, mas acabou-se por decidir que seria a Telebras a responsável pelos investimentos. A justificativa da empresa é a que, após a Copa, esses cabos continuarão como propriedade da empresa, que poderá tentar tornar sua exploração economicamente viável.
Procurada, a Oi não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre quanto custará o serviço e sobre as negociações que levaram à decisão de ser a Telebras a responsável pelo cabeamento.

Fonte: UOL

Ainda há esperança.


Descontente com a Lei Geral da Copa-2014, Fifa ameaça utilizar cláusula para tirar o evento do Brasil

Há mais de uma década acompanhando os bastidores da Fifa, a coluna desconfiou que o silêncio de Zurique em relação à Lei Geral da Copa-2014 não era um bom sinal. Se tivesse gostado, logo elogiaria, como sempre faz a Fifa nesses casos. Fomos apurar e descobrimos que a situação é mais grave. Existe, sim, a ameaça de rompimento, amparada pela cláusula 7.7 do Host Agreement (Contrato para Sediar).
Hoje, não seria surpresa se a Fifa anunciasse, até o próximo dia 5, o cancelamento do evento de 20 de outubro - quando o Comitê Executivo da entidade planeja divulgar o calendário de jogos nas cidades-sedes tanto da Copa das Confederações-2013 quanto do Mundial-2014.
A cláusula 7.7, do contrato, assinado pelo governo brasileiro, estabelece o dia 1 de junho de 2012 - exatamente 2 anos e 11 dias antes da partida de abertura do Mundial-2014 - como prazo final para a Fifa rescindir o contrato e tirar a Copa-2014 do Brasil, sem pagamento de multa.
Diz o texto da 7.7 que a rescisão será aplicada caso as leis e regulamentos necessários para a organização da Copa do Mundo-2014 não tenham sido aprovados, ou caso as autoridades competentes não estejam cumprindo as garantias governamentais exigidas.
As garantias e responsabilidades exigidas pela Fifa também fazem parte do Acordo de Candidatura, entregues em 31 de julho de 2007, pelo presidente Lula, três meses antes de o país ter sido confirmado como sede do Mundial.
A Lei Geral da Copa, enviada ao Congresso no último dia 19 pela presidente Dilma Rousseff, é o ponto de discórdia. A coluna pôde apurar em Zurique que itens como ingressos, credenciamento, proteção ao marketing de emboscada, gratuidades e até transmissão de TV foram editados em desacordo com o que foi discutido e acertado em fevereiro deste ano, em Brasília, durante reunião do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, com o ministro do Esporte, Orlando Silva, e técnicos do governo. Além disso, a infraestrutura dos aeroportos e os projetos de mobilidade urbana são considerados incipientes pela entidade.
Pudemos apurar que a Fifa argumenta não ter como garantir aos patrocinadores a proteção às suas marcas. E a entidade teme inviabilizar o modelo da Copa do Mundo, que responde por 89% de sua arrecadação de quatro anos, se aceitar a Lei Geral da Copa-2014 como foi mandada pela presidente brasileira para o Congresso.
As duas partes podem até negar, mas apuramos também que Valcke e o Comitê Organizador Local (COL-2014) perderam a confiança em Orlando Silva e não querem mais negociar com o ministro. E que uma nação plano B já é pensada, para o caso de a Lei Geral da Copa não ser modificada.
Fonte: globo.com

domingo, 25 de setembro de 2011

Não haverá legado algum.

Atrasos e falta de controle ameaçam legado da Copa

Governo não consegue acompanhar andamento de obras associadas a evento

Cidades-sede admitem organizar jogos com a infraestrutura atual e recorrer a feriados para minimizar problemas

Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país.
Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos problemas que as obras têm enfrentado.
Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.
A promessa do governo de entregar nove estádios no final de 2012 também já caiu por terra, com novos atrasos.


No capítulo transportes, há problemas como o do monotrilho do eixo norte/leste de Manaus. Além de sofrer questionamentos da CGU (Controladoria-Geral da União), a obra pode estourar o prazo.
A previsão do governo do Amazonas é de início das obras em novembro de 2011 e conclusão em maio de 2014, dois meses antes da Copa. O governo reconheceu que pode não concluí-la a tempo.
"Obras grandes como essa sempre podem estourar o prazo. Mas [se o prazo for estourado] será concluído mesmo depois", afirmou o coordenador para Copa 2014 de Manaus, Miguel Capobiango.
Em Recife, o secretário estadual da Copa, Ricardo Leitão, prevê o começo da execução de quatro projetos para o início de 2012. O governo federal, para novembro.
O discurso das cidades-sede é o de que a maioria das obras não são imprescindíveis para a realização dos jogos. "Se houver dificuldade, focamos só na obra do acesso ao estádio", disse Leitão.
Representantes das seis cidades ouvidas pela Folha admitiram que podem trabalhar com feriados em dias de jogos para atenuar problemas.


"Podemos criar um ponto facultativo para os funcionários públicos que trabalham naquela região do Beira-Rio", contou o secretário de mobilidade urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.
São Paulo fala em feriado na abertura da Copa. E em reduzir o fluxo de pessoas em metrô e trem para não atrapalhar o público dos jogos.
Nos aeroportos, o Brasil já perdeu a chance de deixar um legado, de acordo com os especialistas. "Agora estamos correndo atrás da demanda", afirmou o professor Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ.
Dos 13 terminais da Copa, 7 devem ter a capacidade ampliada com instalações provisórias, os puxadinhos. "Eles têm um custo muito inferior e dão conta do recado", diz Jaime Parreira, diretor de engenharia da Infraero.


Não falta dinheiro federal. Até agora, são R$ 6,5 bilhões para aeroportos, R$ 8 bilhões para mobilidade urbana e R$ 400 milhões por estádio.
Ainda assim, das 49 obras de mobilidade urbana da Copa, só 9 começaram. Oito dos 13 aeroportos iniciaram reformas. E pelo menos cinco estádios vão estourar o prazo inicial fixado pela Fifa.
A situação gera incômodo na entidade. "Estamos preocupados com qualquer atraso, por qualquer razão", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, por meio de sua assessoria.
Por contrato, a Fifa pode tirar a Copa do Brasil na ausência de melhorias no sistema de transporte. O histórico da entidade sugere que é improvável que isso ocorra, mas o discurso dos dirigentes da Fifa certamente mudou.
Em 2007, relatório da Fifa concluiu que a infraestrutura do país era adequada e só viu problemas em Cuiabá e Natal. Quatro anos depois, a infraestrutura disponível para os jogos na maioria das cidades-sede é a mesma.



Fonte: Folha de São Paulo