segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pitacos a respeito do novo código florestal.

Muito se tem ouvido ultimamente a respeito do tão temido e famigerado Código Florestal Brasileiro. Assim como os outros códigos, este deve dizer o que é certo e errado, o que não pode e não pode dentro de uma propriedade agrícola. Muitos dão seus palpites, mas eu, como futuro engenheiro agrônomo, acho interessante ressaltar alguns pontos:

  • Ruralistas x ambientalistas: quem são essas partes? Serão os ruralistas aqueles que possuem milhares de hectares e alta tecnificação no MT, MS e PR, ou os pobres coitados que mal produzem para se alimentar no Nordeste e Norte do País? E quem são os ambientalistas? Seriam eco-chatos, como radicais do Greenpeace? Acima de tudo isso, quais partidos representam esses interesses?
  • APPs: as APPs sempre foram muito polêmicas. Quem determinou o que é topo de morro, porque tem que ser 30 m na beira de rios, 60 m à beira de nascentes? O Brasil é um continente, e generalizações não são bem vindas. Cada local tem sua população, que tem suas necessidades, tradições e peculiaridades. Se for pensar em um meio sustentável, tais fatores devem ser considerados.
  • Amazônia: a reserva legal na Amazônia é estabelecida em 80%. Todos sabemos dos problemas de desmatamento que a floresta sofreu e vem sofrendo (embora com diminuição) durante todo esse tempo. Será que 80% não seria pouco? Porque não preservar o que ainda está intacto, e, talvez, deixar áreas mais degradadas, porém produtivas, como o Sul e Sudeste, com áreas menores (10% talvez)?
  • Anistia: o governo pensa em anistiar desmatadores que tenham cometido o crime antes de 22 de julho de 2008, assim como as multas e sanções cabíveis. Será que não seria um retrocesso? A lei já existia, apenas não foi aplicada a tempo. Então, porque se muda o Código Penal, decide se soltar todos aqueles que roubaram antes de 2005, por exemplo? Acho que não, né?



Algumas reportagens que saíram o JN a respeito.

Boa semana à todos.