quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ferrovias transportam mais, porém sem investimentos.


As concessionárias de ferrovias no Brasil deverão investir um total de 3 bilhões de reais em 2011, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O montante é praticamente equivalente aos 2,9 bilhões de reais investidos em 2010.
A movimentação total de carga teve crescimento de 12,7 por cento entre 2010 e este ano, passando de 470 milhões de toneladas úteis (TU) para 530 milhões de TU, estima o levantamento.
A CNT fez 132 entrevistas junto aos clientes mais significativos das ferrovias e apurou que os principais produtos transportados pelas ferrovias são minérios, soja, açúcar e milho. O levantamento mostrou que 60 por cento dos clientes usam o modal há menos de 20 anos. "É uma modalidade de transporte que ressurgiu a partir do processo de concessão" disse o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.
Segundo essa pesquisa, 65,9 por cento dos clientes usam terminais próprios e 74,2 por cento não possui vagões próprios. Além disso, 76,7 por cento não gostaria de ter vagões próprios.
Por outro lado, 94,4 por cento das empresas que contratam as concessionárias têm interesse em investir em obras ferroviárias, como ramais particulares ou terminais.
"É natural construir ramais com a linha principal. A indústria petroquímica faz isso, o setor de papel e celulose, o agronegócio. É muito natural que o investimento seja dentro da área de domínio, deixando o material rodante para o operador", disse o presidente-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça.
Segundo a CNT, a metade dos clientes entrevistados disse que usa as ferrovias para transportar mais de 46 por cento da produção.
O principal entrave apontado pelos entrevistados para usar as ferrovias é o custo do frete, citado por 39,4 por cento dos clientes. A falta de vagões especializados foi mencionada por 33,3 por cento deles e a confiabilidade dos prazos por outros 31,1 por cento.
Fonte: Reuters

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brasil e o típico caos do final de ano.



Fim de ano no Brasil, e o que todo mundo quer é pegar uma praia no litoral sul de São Paulo, ou ir conhecer as deslumbrantes praias do Nordeste. Os com maiores posses preferem, talvez um destino internacional. Independente do destino e do meio de transporte, o caos é sempre o mesmo.

Marginais engarrafadas, aeroporto superlotados, ônibus extras e rodoviárias em estado de calamidade. É esse que um turista que vem ao Brasil no final de ano vê. Tudo pode estar as mil maravilhas o ano todo, porém é nessa hora que o "nó" da falta de investimento em infraestrutura aperta de verdade.

E o conformismo dos brasileiros com tal situação é ainda pior. Somos acomodados por natureza, e não por escolha. Afinal, sempre foi assim, de que adianta mudar agora, certo? Não. Errado.

Temos que mudar, exigir de nossos políticos os investimentos necessários em todas as áreas, desde transporte até escolas e hospitais, e não apenas assistir o Jornal Nacional e apenas reclamar para o Bonner.

Mas essa não é uma mudança simples, precisa de anos e de desenvolvimento cultural da população. Creio que ainda veremos muitas vezes as situações como as da foto acima, com completo descaso das autoridades e dos prestadores de serviços.

Enquanto isso, continuamos apenas sendo o Brasil "para inglês ver", enquanto que o nosso povo vê de fato o que acontece por aqui.


sábado, 10 de dezembro de 2011

Faltam pelo menos 32,9 mil vagas para carros em aeroportos dos leilões da ANAC.


As empresas que assumirem os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília terão que investir na criação de 32.950 novas vagas de estacionamento de carros para atender ao aumento na movimentação de passageiros até o fim das concessões, em 2041, apontam estudos usados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para redigir o edital de leilão dos três aeroportos.
Segundo o estudo, feito pela Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), os três aeroportos dispõem hoje, juntos, de 5.638 vagas de estacionamento. Isso significa que as concessionárias terão que aumentar em quase seis vezes o espaço para veículos. A Infraero, entretanto, informa que o número atual de vagas é maior: 7.298.
Em Guarulhos, onde hoje, de acordo com a Infraero, existem 3.780 vagas, devem ser oferecidas ainda este mês mais 1.468 vagas para atender ao aumento da demanda de fim de ano. Outras 8 mil estão previstas com a construção do edifício garagem que irá atender o terceiro terminal do aeroporto.
Após os investimentos, aeroporto de Guarulhos deve ter terceiro terminal de passageiros, pistas ampliadas, maior estacionamento, maior pátio para carga e área para estacionamento de aeronaves (Foto: Reprodução/Secretaria de Aviação Civil)Após os investimentos, aeroporto de Guarulhos deve ter terceiro terminal de passageiros, pistas ampliadas, maior estacionamento, maior pátio para carga e área para estacionamento de aeronaves (Foto: Reprodução/Secretaria de Aviação Civil)
A falta de vagas de estacionamento é hoje um dos gargalos de infraestrutura nos aeroportos e motivo de reclamações dos usuários, principalmente no aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país. Lá, de acordo com o estudo feito pela EBP, serão necessárias 11.800 novas vagas nos próximos anos.
No aeroporto de Viracopos, em Campinas, que hoje tem 2.010 vagas, o crescimento da demanda por voos exigirá espaço para estacionar mais 14.600 carros. Em Brasília, será necessário elevar das atuais 1.508 para 6.550 vagas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou no último dia 7 os estudos técnicos, econômicos e financeiros que vão nortear o edital de licitação dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. A decisão libera o governo para publicar o edital, o que deve ser feito nos próximos dias. O leilão deve ocorrer no final de janeiro de 2012.
Obrigação
Questionada se as concessionárias serão obrigadas, por contrato, a atender ao aumento da demanda por estacionamento, a Anac informou que “a minuta de contrato de concessão traz a área de estacionamento de veículos como elemento obrigatório de infraestrutura a ser disponibilizado pelo concessionário.”
O trecho da minuta que trata do investimento em estacionamento diz que a concessionária deverá criar, no aeroporto de Guarulhos, antes da Copa de 2014, vagas suficientes para “acomodar o déficit existente”, além de um “acréscimo correspondente a 1.800 passageiros internacionais em hora pico durante o desembarque e 2.200 passageiros internacionais em hora pico durante o embarque.”
Em Brasília, a obrigatoriedade prevista é zerar o déficit atual e criar vagas equivalentes “a 1.000 passageiros domésticos em hora pico durante o embarque e 1.200 passageiros domésticos em hora pico durante o desembarque.”
Já a empresa que assumir a gestão em Campinas deve, além de equacionar o déficit atual, acrescentar um número de vagas correspondente “a 1.550 passageiros domésticos em hora pico durante o desembarque e 1.550 passageiros domésticos em desembarque.”
Ainda de acordo com a Anac, o documento deve exigir que a concessionária atualize a cada cinco anos seu Plano de Gestão da Infraestrutura, que tem o objetivo de apontar as ações necessárias para atender às regras contratuais que se referem à qualidade de serviço.
A agência informou, porém, que pode haver mudanças nas exigências contratuais após a análise das contribuições feitas durante a consulta pública do edital e das recomendações do TCU.
Espaço
O estudo aponta que, para ampliar o espaço de estacionamento, serão necessários 525 mil m2 de área em Viracopos, 380 mil m2 em Guarulhos e 212,9 mil em Brasília. O G1 questionou à Anac se os aeroportos dispõem desses espaços. Em resposta, a agência informou que as concessionárias poderão adotar soluções, como a construção de prédios, que reduziriam a necessidade de áreas livres para estacionamento.
“Em atendimento à demanda atual e futura, não necessariamente deve ser considerada projeção com um único nível de estacionamento, mas sim um número total de vagas de estacionamento para veículos a serem disponibilizadas, podendo estar dispostas em múltiplos níveis (edifícios-garagem), o que significa em redução da área de projeção a ser utilizada para esse fim”, diz nota da Anac.
Fonte: G1.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O movimento estudantil pegando fogo na Amazônia.


Os professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) estão assustados. Desde a prisão do professor de história Valdir Aparecido de Sousa, em 21 de outubro, por policiais federais à paisana, em cenas de truculência que circularam em um vídeo na internet, os professores grevistas evitam se expor. Sousa está solto, em liberdade provisória, mas precisa seguir uma série de determinações imposta pela Justiça, como não se reunir com os grevistas.
Segundo os policiais, ele era suspeito de ter jogado uma bomba durante a confusão (até agora, sem provas nem acusação formal). Junto do professor de história, foi levada uma câmera de outro professor, de biologia, que filmava e fotografava a confusão – algumas cenas mostram um dos policias com arma em punho em meio a estudante e professores. A câmera foi, depois, recuperada, mas o biólogo decidiu se afastar por um tempo da cidade de Porto Velho, temendo represálias.
A greve na Unir, que já dura cerca de dois meses, não tem data para acabar e deve virar o ano. As negociações estão emperradas. Alunos e professores estão unidos contra o reitor  José Januário de Oliveira Amaral. Alguns afirmam estar sendo seguidos pela cidade e sofrendo intimidações.
A reportagem falou com um dos professores do Comando de Greve, que pediu para não ser identificado. “Alguns professores tem procurado dormir em locais diferentes para não sofrer nem um atentado”, afirma. “O negócio aqui tá feio”.

O que está acontecendo na UNIR?
A Universidade Federal de Rondônia tem 29 anos e 7 campi. Segundo o professor grevista, sua história está marcada por intervenção e manutenção de um mesmo grupo no poder, o atual reitor está na reitoria há 9 anos, e sua gestão é marcada pela falta de pragmatismo e conselhos submissos aprovando sua decisões através de Ad referendum.


Estrutura da faculdade está penosa. Foto: Narcísio Costa Bigio/Divulgação
A partir disso, na visão dos grevistas, ele teria uma crise de confiança na Administração Superior, os professores que apoiam o Reitor são favorecidos, as verbas e vagas de docentes oriundas do REUNI são utilizadas através de manobras políticas para favorecer os amigos. Com isso a Universidade não se estruturou corretamente para executar a sua função, que é disponibilizar um acesso à educação de qualidade. Os professores necessitam comprar os equipamentos básicos para dar aula, e até brigar com colegas para ter acesso a uma sala de aula para lecionar.
Muitos professores, cansados de brigar por condições básicas de trabalho, saem da UNIR, ou passam em outro concurso, ou conseguem transferência por apresentarem problemas psicológico ou por sofrerem ameaças depois de denunciar as irregularidades no Ministério Público.
Para exemplificar os cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Alimentos, Engenharia Florestal, Agronomia, Veterinária não abriram vagas no último vestibular por falta de salas de aula.
Outro problema é a Fundação de Apoio da Universidade, Fundação Riomar, que tem as suas contas bloqueadas e está sendo investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), mesmo o Reitor sabendo das denúncias de desvio não fez nada para sanar os problemas, e vários projetos de Professores da UNIR foram inviabilizados ou encerrados devido aos enormes desvios. Segundo a nota do Ministério Público existe a possibilidade do Januário estar envolvido.
Além disso, na última semana o laudo técnico do corpo de bombeiros diz que o campus de Porto Velho apresenta risco de vida aos alunos e professores.”

Quase dois meses
A universidade está em greve há 49 dias e o prédio da Reitoria está ocupado pelos estudantes há 28 dias.
Pátio na universidade: construção ou ruína? Foto: Narcísio Costa Bigio/Divulgação

As reivindicações básicas são: limpeza nos campi, contratação de professores e de técnico-administrativos, construção de laboratórios, construção de Restaurantes Universitários, Hospital Universitário, implantação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), transparência nas ações administrativas e prestação de contas sobre os recursos repassados para os projetos especiais como REUNI e FINEP.
E a principal é o afastamento do Reitor, já que, para os estudantes e funcionários, o mesmo não possui condições éticas nem administrativas de continuar no cargo, tampouco possui legitimidade entre os professores e alunos para continuar no cargo.
CartaCapital: Quais os entraves nas negociações?Professor: Em 2008, na gestão anterior do atual Reitor, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual se comprometia em resolver os mesmos problemas que a UNIR sofre hoje.

Carteiras guardadas com entulho. Foto: Narcísio Costa Bigio/Divulgação

Mesmo com as promessas de 2008, três anos depois os professores e alunos resolveram tentar negociar com o reitor, que respondeu aos comandos de greve que já tinham 95% das reivindicações resolvidas ou sendo resolvidas. Resolvemos então que só negociaríamos com o MEC e pedimos o afastamento imediato do José Januário do Amaral.
Porém mesmo com a vinda do Secretário do Ensino Superior, Professor Luiz Claúdio Costa, o MEC não concordou com o afastamento sem antes fazer um processo de sindicância, os Professores e alunos não concordam com a maneira que o MEC resolveu conduzir, pois acreditamos que as denúncias feitas no relatório de mais de 1.500 páginas que contém provas de improbidade administrativa, má gestão do recurso público, favorecimento de amigos, parentes e empresas, concurso públicos com nomeações irregulares e não comprimento das determinações feitas pelo Ministério Público, tudo isso cabe o afastamento imediato do reitor.
Hoje a população, os deputados federais, senadores, Assembleia Legislativa de Rondônia e outras organizações apoiam a greve, porém o atual Reitor diz que não se afasta e tem como apoiador direto o senador Valdir Raupp (presidente nacional do PMDB), dizendo que a melhor solução para o impasse seria os professores aceitarem o pedido de afastamento por férias de 30 dias e adiantamento da eleição para reitor para o final de 2012.

Fonte: Carta Capital

Leia com atenção.


Leia com atenção.

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.

Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9.Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.

Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

Bendita seja, querida pátria chamada
BRASIL!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto.


Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.

Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.
Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem. Minha mãe é uma heroína – mãos dadas comigo o tempo todo, segurando para não chorar. Ela mesma mais destruída do que eu. E os médicos famosos viam os resultados das ressonâncias magnéticas feitas com prata contra seus quadros de luz – mas não olhavam para mim. Alguns dos exames são medievais: agulhas espetadas pelo corpo, eletrodos no córtex cerebral, “estímulos” elétricos para ver se a partes do corpo respondem. Partes do corpo. Pastas e mais pastas sobre mesas com tampos de vidro. Colunas, crânio, córneas. Nos meus olhos, mesmo, ninguém olhava.
O diagnóstico de uma doença grave e incurável é um abismo no qual você é empurrado sem aviso. E sem pára-quedas. E se você ta esperando um “mas” aqui, sinto lhe informar, não tem. Não no meu caso. Não teve revelação divina. Não teve fé súbita em alguma coisa maior. Não teve uma compreensão mais apurada das dores do mundo. O que dá, assim, de cara, é raiva. Porque a vida já caminha na beirada do insuportável sem essa foice tão perto do pescoço. Porque já é suficientemente difícil estar vivo sem esta sentença se morte lenta e degradante. Dá vontade de acreditar em Deus, sim, mas só se for para encher Ele de porrada.
O problema é que uma raiva desse tamanho cansa, e o tempo passa. A minha doença não me define, porque eu não deixo. Ela gostaria muitíssimo de fazê-lo, mas eu não deixo. Fiz um combinado comigo mesma: essa merda vai ter 30% da atenção que ela demanda. Não mais do que isso. E segue o baile. Mas segue diferente, confesso. Segue com menos energia e mais remédios. Segue com dias bons e dias ruins – e inescapáveis internações hospitalares.
A neurologista que me acompanha foi escolhida a dedo: ela tem exatamente a minha idade, olha nos meus olhos durante as minhas consultas, só ri das minhas piadas boas e já me respondeu “eu não sei” mais de uma vez. Eu acho genial um médico que diz “eu não sei, vou pesquisar”. Eu não troco a minha neurologista por figurão nenhum.
O meu tratamento custaria algo em torno de R$12.000,00 por mês. Isso mesmo: 12 mil reais. “Custaria” porque eu recebo os remédios pelo SUS. Sabe o SUS?! O Sistema Único de Saúde? Aquele lugar nefasto para onde as pessoas econômica e socialmente privilegiadas estão fazendo piada e mandando o ex-presidente Lula ir se tratar do recém descoberto câncer? Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. Se isso implica em uma carga tributária pesada, eu pago o imposto. Eu e as outras 30.000 pessoas que tem o mesmo problema que eu. É pouca gente? Não vale a pena? Todos os remédios para doenças incuráveis no Brasil são distribuídos pelo SUS. E não, corrupção não é exclusividade do Brasil.
O maior especialista em Esclerose Múltipla do Brasil atende no HC, que é do SUS, num ambulatório especial para a doença. De graça, ou melhor, pago pelos impostos que a gente reclama em pagar. Uma vez a cada seis meses, eu me consulto com ele. É no HC que eu pego minhas receitas – para o tratamento propriamente dito e para os remédios que uso para lidar com os efeitos colaterais desse tratamento, que também me são entregues pelo SUS. O que me custaria fácil uns outros R$2.000,00.
Eu acredito em poucas coisas nessa vida. Tenho certeza de que o mundo não é justo, mas é irônico. E também sei que só o humor salva. Mas a única pessoa que pode fazer piada com a minha desgraça sou eu – e faço com regularidade. Afinal, uma doença auto-imune é o cúmulo da auto-sabotagem.
Mas attention shoppers: fazer piada com a tragédia alheia não é humor, é mau gosto. É, talvez, falha de caráter. E falar do que não se conhece é coisa de gente burra. Se você nunca pisou no SUS – se a TV Globo é a referência mais próxima que você tem da saúde pública nacional, talvez esse não seja exatamente o melhor assunto para o seu, digamos, “humor”.
Quem me conhece sabe que eu não voto – não voto nem justifico. Pago lá minha multa de três reais e tals depois de cada eleição porque me nego a ser obrigada a votar. O sistema público de saúde está longe de ser o ideal. E eu adoraria não saber tanto dele quanto sei. O mundo, meus amigos, é mesmo uma merda. Mas nós estamos todos juntos nele, não tem jeito. E é bom lembrar: a ironia é uma certeza. Não comemora a desgraça do amiguinho, não.
Por: Nina Crintzs

O Brasil e o IDH: melhoramos de fato?


O relatório do Desenvolvimento Humano 2011, divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), classifica o Brasil na 84ª posição entre 187 países avaliados pelo índice. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em 2011 é de 0,718 na escala que vai de 0 a 1. O índice é usado como referência da qualidade de vida e desenvolvimento sem se prender apenas em índices econômicos.
O país com mais alto IDH em 2011 é a Noruega, que alcançou a marca de 0,943. Os cinco primeiros colocados do ranking são, pela ordem, Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. Segundo o Pnud, o pior IDH entre os países avaliados é o da República Democrática do Congo, com índice 0,286. Os cinco últimos são Chade, Moçambique, Burundi, Níger e República Democrática do Congo.
A metodologia usada pelo Pnud para definir o IDH passou por mudanças desde o relatório divulgado em novembro de 2010. O índice que se baseia em dados como a expectativa de vida, a escolaridade, a expectativa de escolaridade e a renda média mudou a fonte de alguns dos dados usados na comparação. A expectativa é ter os mais recentes dados comparáveis entre os diferentes países.
No ano passado, o Brasil aparecia classificado como o 73º melhor IDH de 169 países, mas, segundo o Pnud, o país estaria em 85º em 2010, se fosse usada a nova metodologia. Desta forma, pode-se dizer que em 2011 o país ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior, ficando em 84º lugar.
idh 2011 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desenvolvimento humano elevadoO Pnud não soube indicar o que motivou a mudança de classificação do Brasil. Mas, analisando os indicadores avaliados – expectativa de vida, anos médios de escolaridade, anos esperados de escolaridade e renda nacional bruta per capita – dois tiveram mudanças: expectativa de vida e renda nacional bruta.
O Brasil aparece entre os países considerados de "Desenvolvimento Humano Elevado", a segunda melhor categoria do ranking, que tem 47 países com "Desenvolvimento Humano Muito Elevado" (acima de IDH 0,793), além de 47 de "Desenvolvimento Humano Médio" (entre 0,522 e 0,698) e 46 de "Desenvolvimento Humano Baixo" (abaixo de 0,510).
De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.162, e a expectativa de vida, de 73,5 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.
O cálculo de IDH alterou neste ano a fonte de informação sobre renda dos países. O dado agora passou a ser alinhado ao Relatório do Banco Mundial. O problema é que o dado dessa fonte é mais antigo (de 2005) do que o usado no relatório IDH de 2010 (que era de 2008). Os números foram ajustados e a comparação possível é que passamos de uma renda nacional bruta per capita de US$ 9.812 , em 2010, para US$ 10.162  em 2011.
No material divulgado pelo Pnud é possível comparar as tendências do IDH de todos os países por índice e por valor total desde 1980. O destaque no caso brasileiro é para a renda, que aumentou 40% no período. No mesmo tempo, a expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de escolaridade aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.
Novos índices
Além do valor usado tradicionalmente para indicar o desenvolvimento humano de cada país, o relatório deste ano apresenta novos índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de Gênero e Índice de Pobreza Multidimensional.
O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do desenvolvimento do país, ajustando às realidades de cada um deles. Com isso, o IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento potencial. Levando a desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais influi nesse percentual.
No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em patamar intermediário quando comparado com os BRICS. O índice brasileiro é de 0,449. Rússia tem 0,338; China, 0,209; África do Sul, 0,490% e Índia, 0,617.
Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova, mais ampla, de verificar quem vive com dificuldades. No lugar da referência do Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de pobreza quem ganha menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e padrão de vida.
Segundo o Pnud o índice pode não ser tão importante para a situação do Brasil quanto para a de países da África, pois, no Brasil, quem tem renda pode ter o acesso facilitado à qualidade de vida. Em alguns países, porém, esse acesso não depende exclusivamente de recursos financeiros (às vezes, o país tem infraestrutura precária demais, por exemplo).
Essa nova medida é uma forma interessante de avaliar as políticas de transferência de renda e verificar se essas ações realmente estão mudando a vida da população mais necessitada.
Fonte: Globo.com

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Custo dos estádios em sedes que abrigarão só quatro jogos chega a R$ 125 milhões por partida.


Os estádios que estão sendo erguidos em Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Natal (RN), todos custeados integralmente com dinheiro público, receberão apenas quatro jogos da Copa cada, a um custo, por jogo, de R$ 125 milhões, R$ 115,75 milhões e R$ 100 milhões, respectivamente.
As três arenas têm em comum o fato de estarem em Estados que não têm tradição no futebol. Nenhum deles possui um time na série A do Campeonato Brasileiro. Já na série B, apenas o Rio Grande do Norte tem um representante: o ABC de Natal.

SUCESSO DE PÚBLICO

  • Ney Mendes/ACrítica
    Lance de partida entre Nacional e Penarol, maior clássico atual do futebol amazonense. No campeonato estadual deste ano, a média de público foi de menos de 450 pagantes por jogo
Assim, as arenas que estão sendo construídas nessas três capitais, a um custo que vai de R$ 400 milhões e R$ 500 milhões cada (veja tabela abaixo), servirão quase que unicamente para a Copa, tornando todo o investimento empreendido unicamente justificável por seu uso em quatro partidas de futebol.
Não se trata de simples projeção para o futuro. Os números em relação a público e renda nos campeonatos estaduais do Amazonas, de Mato Grosso e do Rio Grande do Norte falam por si.  O Campeonato Amazonense deste ano, por exemplo, teve 80 jogos. O público de todas as partidas somadas chegou a parcos 38 mil pagantes, segundo a Federação Amazonense de Futebol.
Ou seja, o público de todo o campeonato Amazonense de 2011 seria insuficiente para encher a Arena da Amazônia, que tem capacidade para 42 mil pessoas. A  média de público do torneio foi de menos de 450 testemunhas por jogo.
Em Mato Grosso, a situação não é muito melhor. Os principais times do Estado disputam a quarta divisão do futebol nacional (série D). A exceção é o Luverdense, do município de Lucas do Rio Verde, que foi alçado à série C do Campeonato Brasileiro graças a um imbróglio no tapetão que tirou o Rio Branco (AC) da competição.

Já no Rio Grande do Norte, a expressão dos clubes locais e a dimensão do Estádio das Dunas não são tão antagônicas. Isso não significa, entretanto, que o estádio do Machadão, com capacidade para 42 mil pessoas e que será demolido para a construção da nova arena, não desse conta dos eventos futebolísticos locais. O investimento do Estado do Rio Grande do Norte, de R$ 400 milhões para erguer o novo estádio, dificilmente terá retorno ou se tornará economicamente viável após as quatro partidas do Mundial de futebol. 
 Em partida válida pela série D, no último dia 2, o Cuiabá enfrentou e venceu o Sampaio Corrêa (MA) por 3 a 0 no estádio Dutrinha, na capital matogrossense. O resultado classificou o time cuiabano para as quartas de final da série D, para a alegria dos 637 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 3.185.
O ABC-RN, tiome melhor colocado do Estado atualmente, disputa a série B e costumar atrair menos de 10 mil pessoas por jogo. No dia 1º de outubro, em partida contra o Sport de Recife em Natal, o público pagante foi de 8630 pessoas, para uma renda de R$ 143.845. Já no último dia 18, o "Mais Querido", como é conhecido o ABC em Natal, recebeu o Boa Esporte/MG e venceu por 2 a 0. Público: 4.391 torcedores. Renda: R$ 36.212,50.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Municípios brasileiros não estão preparados para fortes chuvas, aponta IBGE


Apesar dos crescentes casos de enchentes no país, os municípios brasileiros ainda se mostram ineficientes no combate aos alagamentos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, que serviu como base para o Atlas de Saneamento 2011 –divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (19)– 40,8% das cidades sofreram com algum tipo de inundação entre 2000 e 2008.  Em 30,6% dos municípios foram registrados alagamentos em áreas até então não inundáveis.
As principais razões para as enchentes no país, segundo o IBGE , são a falta de planejamento apropriado dos sistemas de drenagem instalado e a inadequação dos projetos de engenharia à real dimensão das necessidades brasileiras. Segundo o instituto, as condições de drenagem levam em conta dados como obras de infraestrutura para drenar a água da chuva, erosão de terrenos, desmatamento e ocupação do solo.
Nacionalmente, 94,5% dos municípios afirmam possuir algum serviço de manejo das águas pluviais –número que chega a 100% nas cidades com mais de 300 mil habitantes–, mas apenas 12,7% declaram possuir algum dispositivo de amortecimento de vazão das águas (como barragens e reservatórios), e apenas 11,9% tem dispositivos de contenção de água, como lagoas.
O estudo lista ainda outros problemas que atuam como agravantes das enchentes nas cidades que registraram alagamentos. Entre eles estão a obstrução de bueiros e bocas de lobo –45,1% das cidades declararam ter o problema –; a ocupação desordenada do solo, que atinge 43,1% dos municípios; e o lançamento inadequado do lixo (presente em 30,7%).
Ainda de acordo com pesquisa, apenas 28,3% dos municípios fazem uso de informações sobre os índices de chuva. O número é ainda menor quando se refere ao monitoramento dos índices de níveis de água nos rios: apenas 11,4% acompanham os dados.
Fonte: UOL

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mais da metade dos domicílios brasileiros não tem coleta de esgoto, mostra IBGE.


Apesar de uma melhora observada nos últimos anos, mais da metade dos domicílios brasileiros ainda não tem acesso à rede de esgoto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, em 2008, 54,3% dos domicílios no país não tinham coleta adequada de esgoto. O número de lares conectados à rede, porém, cresceu de 33,5% (em 2000) para 45,7% (2008).
O Sudeste é a única região do país onde mais da metade dos domicílios tem acesso à rede de esgoto (68,9%). Depois vem o Centro-Oeste (33,7%), o Sul (30,2%), o Nordeste (29,1%) e o Norte (3,5%).
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008, realizada pelo IBGE, que compilou os números no Atlas do Saneamento 2011, lançado nesta quarta-feira.

Por municípios

Considerando o número de municípios no Brasil, 2.495 não possuem nenhum tipo de rede coletora de esgoto, quase 45% do total (5.564). Na maior parte destes, a população é menor que 50 mil habitantes.

23% dos municípios sofrem racionamento de água

Segundo a pesquisa do IBGE, 23% dos municípios brasileiros têm problemas de racionamento de água em algum período do ano
Segundo o IBGE, mesmo as cidades que possuem tratamento de esgoto não conseguem oferecê-lo a toda a população. “É verdade que pela metodologia usada basta ao município ter uma rede de esgoto instalada para que se considere que ele tem coleta de esgoto. Isso não diz sobre a abrangência da rede instalada. Há dados, como a proporção de distritos com rede, que acabam demonstrando a desigualdade intramunicipal. Mas a importância aqui é revelar quantos municípios já tem uma rede e, portanto, capacidade de vê-las expandida”, afirma Ivete Oliveira, técnica do IBGE.
A região Sul, segundo maior PIB do país, possui apenas 39,7% das cidades com alguma estrutura para coleta por rede de esgoto. No Sudeste, esse índice chega a 95%, contra 45,6% no Nordeste, 28,3% no Centro-Oeste e 13,3% no Norte.

Tratamento de esgoto

Segundo o Atlas do IBGE, só 29% dos municípios brasileiros têm algum sistema de tratamento de esgoto instalado.
A Região Sudeste tem, em média, 48% de municípios que oferecem tratamento –o Estado de São Paulo registra 78%. No Nordeste, as disparidades são grandes: enquanto o Ceará tem 49% de cidades nesta situação e Pernambuco, 28%, o Piauí tem apenas 2% e o Maranhão, 1%.
Mesmo o Norte, que tem o pior desempenho regional (só 8% dos municípios têm tratamento do esgoto), tem seus Estados com melhor desempenho do que os dois últimos nordestinos. O Acre tem o melhor desempenho na região, com 18% dos municípios fazendo tratamento do esgoto –já o Pará e Rondônia tem 4% cada.
No Sul, o Paraná tem o melhor desempenho: são 41% contra 16% de Santa Cantarina e 15% do Rio Grande do Sul. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul tem 44% das suas cidades com oferta de tratamento, Mato Grosso, 16% e Goiás, 24%.
Junto com resíduos agrotóxicos e destinação inadequada do lixo, o não tratamento do esgoto sanitário responde por 72% das incidências de poluição e contaminação das águas de mananciais, 60% dos poços rasos e 54% dos poços profundos.
Ainda segundo a pesquisa, 30,5% dos municípios lançam o esgoto não tratado em rios, lagos ou lagoas e utilizam as águas destes mesmos escoadouros para outros fins. Entre os municípios nesta situação, 23% usam esta água para a irrigação e 16% para o abastecimento –o que encarece o tratamento da água para esse último fim, pois há mais custo em recuperar sua qualidade.
Fonte: UOL

Romário não acredita em estádios 100% para a Copa.


O tetracampeão do mundo e deputado federal Romário afirmou nesta terça-feira que, com base nas visitas que tem realizado as cidades-sede, os estádios brasileiros não ficarão prontos para a Copa do Mundo de 2014.
"Apenas quatro ou cinco estádios estarão prontos para a Copa das Confederações de 2013 se as obras continuarem no ritmo atual", declarou o ex-atacante e integrante da Comissão de Turismo e Desporto na Câmara dos deputados, que fiscaliza as obras para o Mundial.

Durante entrevista concedida em Gualajara, onde será comentarista do Pan-Americano 2011, o Baixinho acrescentou: "Mas apenas 9 ou 10 estádios (de 12) estarão prontos para a Copa, e só 6 ou 7 concluídos em 100%. Tentaremos organizar um grande evento, mas, pelo que vi, estamos atrasados",
A única sede ainda não visitada pela comissão do deputado foi São Paulo, mas que "o balanço por enquanto não é muito positivo" observando o restante das obras.
Apesar de apresentarem inúmeros problemas, os estádios não serão os maiores obstáculos. Romário acredita que 11 das 12 sedes terão problemas de mobilidade urbana, já que obras desse tipo, como construção de sistemas viários e corredores para ônibus, ainda nem começaram.

Olhando por esse lado, a única cidade um pouco avançada seria o Rio de Janeiro, por ter realizado algumas das obras para a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Porém, a capital fluminense "terá problemas nos aeroportos como todas as demais sedes", salientou o deputado federal.
As exigências da Fifa, como a proibição da meia-entrada e a permissão para vendas de bebidas alcoólicas nos estádios, também foram alvo do ex-artilheiro, que deu como exemplo a Copa de 1994, nos Estados Unidos: "Quero ver se os Estados Unidos renunciaram a algo para organizar o Mundial de 1994. Apostos que não houve 80 % dessas exigências por lá". O fato da Fifa querer todos os lucros, mas não assumir despesas e responsabilidades também irrita Romário.

O deputado pretende apresentar um projeto de lei que permita a venda de bebidas alcoólicas, desde que haja uma fiscalização na porta dos estádios que impeça indivíduos embriagos de adentrarem no local: "O grande problema é que, se proibirem o álcool, muitos beberão antes da partida e entrarão bêbados no estádio, o que será um problema maior".

Fonte: Portal da Copa

domingo, 16 de outubro de 2011

Brasil não sabe quanto vai custar a Copa de 2014.


A Copa do Mundo no Brasil vai tomar forma na próxima quinta-feira (20), quando a Fifa divulgará o calendário com datas, locais e horários dos jogos. No dia 30, completam-se quatro anos que o país foi anunciado como sede da competição. Desde então, algumas coisas foram feitas, mas há muito por fazer. Os estádios ficarão prontos a tempo. O mesmo não se pode garantir em relação aos aeroportos e às 49 obras de mobilidade urbana ligadas à Copa. "Certeza" absoluta, só uma: ninguém sabe quanto ficará a conta da empreitada.
No último balanço divulgado pelo governo federal, em setembro, o custo da Copa, considerando-se o dinheiro a ser investido em estádios, portos e aeroportos e em mobilidade urbana, foi estimado em R$ 27,1 bilhões. Aumento de cerca de 14% em relação aos R$ 23,1 bilhões do balanço de janeiro e de 26% sobre os R$ 21,5 bilhões de previsão feita em 13 de janeiro de 2010, quando o ex-presidente Lula assinou a Matriz de Responsabilidade.
Esses R$ 27,1 bilhões estão a anos-luz de uma estimativa feita pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que calculou em R$ 112 bilhões o custo com a Copa. O estudo da associação, que tem parceria técnica com a CBF e o Ministério do Esporte, inclui também gastos com hotelaria, segurança, tecnologia e saúde, entre outros. Mesmo assim, a diferença é grande, pois o balanço do governo acrescenta apenas R$ 10,3 bilhões para esses itens.
Os números são mesmo conflitantes. Na sexta-feira, o governo divulgou atualização na Matriz de Responsabilidade e a conta baixou para R$ 26,1 milhões. "A Matriz é um documento que precisa ser atualizado com os ajustes que são feitos enquanto a obra está em andamento. Isso é essencial para a transparência do processo", esclareceu Alcino Reis, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte.
Mas não evita, ou diminui, a confusão. No mesmo dia, a Controladoria Geral da União (CGU) inaugurou ferramenta no portaldatransparência.gov.br que permite acompanhar os custos estimados por área de investimento. Valor da soma dos gastos com estádios, aeroportos e portos e mobilidade urbana: R$ 24,024 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Ranking das 100 melhores cidades do Brasil para se viver.

1º São Caetano do Sul SP
2º São José do Rio Preto SP
3º Indaiatuba SP
4º Araraquara SP
5º Jaguariúna SP
6º Barueri SP
7º Sertãozinho SP
8º Marília SP
9º Santana de Parnaíba SP
10º Louveira SP
11º Vinhedo SP
12º Guaíra SP
13º Bauru SP
14º Itatiba SP
15º São Carlos SP
16º Boituva SP
17º Sorocaba SP
18º Ribeirão Preto SP
19º Paulínia SP
20º Iracemápolis SP
21º Hortolândia SP
22º Valinhos SP
23º Americana SP
24º Gavião Peixoto SP
25º Sud Mennucci SP
26º Atibaia SP
27º Santa Bárbara d’Oeste SP
28º Jaraguá do Sul SC
29º Vista Alegre do Alto SP
30º Limeira SP
31º Campinas SP
32º Itapecerica da Serra SP
33º Onda Verde SP
34º Jundiaí SP
35º Araçatuba SP
36º Itu SP
37º Araras SP
38º Catiguá SP
39º Santo André SP
40º Monte Alto SP
41º Orindiúva SP
42º Lins SP
43º Catanduva SP
44º Nova Odessa SP
45º Brusque SC
46º São José dos Campos SP
47º São João da Boa Vista SP
48º Vitória ES
49º Santos SP
50º Mogi Guaçu SP
51º Londrina PR
52º Tarumã SP
53º Sumaré SP
54º Maringá PR
55º Tietê SP
56º Tubarão SC
57º Macaé RJ
58º Aracruz ES
59º Piracicaba SP
60º Votuporanga SP
61º Cotia SP
62º Barretos SP
63º São Bernardo do Campo SP
64º Pinhais PR
65º Niterói RJ
66º Jaú SP
67º Diadema SP
68º Matão SP
69º Rio Claro SP
70º Bragança Paulista SP
71º São Paulo SP
72º Pindamonhangaba SP
73º Itabira MG
74º Itupeva SP
75º Curitiba PR
76º Maracaí SP
77º Olímpia SP
78º Blumenau SC
79º Presidente Prudente SP
80º Lençóis Paulista SP
81º Botucatu SP
82º Jandira SP
83º Morro Agudo SP
84º Promissão SP
85º Alumínio SP
86º Pereira Barreto SP
87º Mogi das Cruzes SP
88º Itajaí SC
89º Concórdia SC
90º Caieiras SP
91º Nova Lima MG
92º Marapoama SP
93º Amparo SP
94º São Vicente SP
95º Sebastianópolis do Sul SP
96º Poá SP
97º Ouro Branco MG
98º Videira SC
99º Cerquilho SP
100º Belo Horizonte MG



Fonte: FIERJ

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Copa 2014/Olimpíada: pensar antes, para fazer melhor.


O Brasil foi escolhido há mais de 1.450 dias como sede do Mundial da Fifa. Prazo mais do que suficiente para que o governo federal desenvolvesse planejamento rigoroso para a realização de estudos e projetos executivos para as principais obras aeroportuárias, portuárias e de mobilidade urbana, entre outras, essenciais à Copa e para deixar um legado para o país, pós-evento.

O tempo passou, pouco foi feito e, este ano, o governo federal aprovou no Congresso o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), para “acelerar as obras para a Copa 2014 e Olimpíada 2016”. O RDC permite a contratação de obras complexas e de valor elevado com base no anteprojeto, etapa anterior ao projeto básico.

A melhor opção para contratar obras é o projeto executivo, completo, que permite a governos/contratantes o total controle, técnico, de qualidade, de custos e de prazos, de uma obra.

"A resposta rápida às contratações públicas é dada pelo planejamento. Esse é o instrumento de gestão por excelência, que permite contratar e realizar estudos e projetos executivos com antecedência"

Ao questionamento do RDC pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o RDC é legal e quem se opõe a ele não contribui para o desenvolvimento do país e às ações de fiscalização e controle do dinheiro público; e que a Lei de Licitações, 8.666/93, não tem conseguido dar uma resposta rápida e eficaz ao processo de contratação pelo poder público.

A resposta rápida às contratações públicas é dada pelo planejamento. Esse é o instrumento de gestão por excelência, que permite contratar e realizar estudos e projetos executivos com antecedência, para poder licitar as obras já com as definições técnicas, cronograma de execução e custos muito bem definidos. O projeto executivo é o que chamamos de “vacina anticorrupção”. Mas exige planejamento, ou seja, pensar antes para fazer melhor.

Polícia Federal usará avião espião para evitar terrorismo na Copa.


A Polícia Federal (PF) vai usar um avião espião israelense para evitar atentados terroristas durante a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. A informação foi publicada hoje pelo jornal "Folha de S.Paulo".
Conhecido como Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado), o equipamento operado por controle remoto fará a vigilância dos estádios e entorno de estádios durante as partidas do Mundial. Com autonomia de 37 horas, a aeronave filma com precisão movimentos a 40 km de distância.

Segundo o jornal, o avião começou a operar semana passada região da fronteira com a Argentina e o Paraguai. O governo federal comprou duas aeronaves Vant --a segunda deve chegar em novembro-- ao custo de R$ 650 milhões. Até 2015, ao menos 14 unidades devem estar em operação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

São Paulo não precisa de um terceiro aeroporto

São Paulo não precisa de um terceiro aeroporto

Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil diz que é melhor expandir a estrutura aeroportuária já existente; ele defende o aumento de voos por hora e Congonhas 24 horas durante a Copa


É ineficiente construir um terceiro aeroporto em São Paulo, diz Marcelo Guaranys, 34, diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Para ele, Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas) atenderão a demanda dos próximos 20 anos.
A ideia do novo aeroporto voltou a ser defendida semana passada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Na entrevista, Guaranys fala sobre os planos para a Copa e a possibilidade de Congonhas operar 24h durante o mundial. Leia a seguir:
 

Folha - De zero a dez, qual a chance das concessões de Guarulhos, Viracopos e Brasília saírem em dezembro, como a Anac prevê?
Marcelo Guaranys -
 Dez. O governo inteiro está trabalhando para isso de forma diferenciada. É uma determinação da presidenta. O prazo realmente é apertado, mas conseguimos fazer.


O cronograma original previa entregar o edital ao TCU (Tribunal de Contas da União) em 17 de agosto. Isso ainda não aconteceu.
A gente ajusta determinadas datas de acordo com as dificuldades. A intenção é mandar para o TCU no começo do mês que vem. Esse primeiro prazo era de estudos; é tudo ajustável no cronograma.

Se houver recurso no TCU o processo fica comprometido...
O cronograma depende das nossas variáveis. O que não for controlável dificulta um pouco. A gente tem trabalhado para nos antecipar a esses riscos. Se a gente sentir que o TCU está percebendo algum problema, mudamos.

Vai dar tempo de as obras ficarem prontas?
Com certeza. As concessões de aeroportos vão contribuir para aumentar a estrutura para a Copa.

Quais medidas emergenciais a Anac vai adotar para evitar o caos aéreo na Copa?
A Copa vai ser como um Natal, com alta ocupação. Não existe a possibilidade de ter mais voos aprovados do que a capacidade do aeroporto e do espaço aéreo. Isso era no passado. Desde 2007 estamos ajustados.
No fim do ano o aeroporto fica mais cheio, mas todo mundo chega ao seu destino tranquilamente. A Copa será isso, uma situação que a gente já sabe gerenciar. Com uma vantagem: a infraestrutura expandida.

A Infraero defende a ampliação da operação de Congonhas na Copa, retomando níveis anteriores ao acidente da TAM. Fala-se também em Congonhas 24 horas. Qual a viabilidade disso?
As duas medidas são razoáveis e aumentar o número de voos por hora é tecnicamente possível. Na Copa todos farão esforço para que tudo funcione bem. Temos de aproveitar de fato o máximo de infraestrutura que puder.

O governador Geraldo Alckmin retomou a ideia do terceiro aeroporto. São Paulo precisa de mais um?
Nossa avaliação é que a demanda dos próximos 20 anos será coberta por Guarulhos e Viracopos.
Eventualmente precisaremos estudar outros sítios, mas podemos estudar também investimentos em aeroportos que já existem na região de São Paulo, como São José dos Campos.

Está descartado o terceiro?
Não estou dizendo isso. Se pode existir um terceiro aeroporto, é opção de governo, não depende da Anac.
Do ponto de vista da agência, entendemos que seria ineficiente construir uma outra estrutura se eu já tenho uma que pode ser expandida. Um novo aeroporto pode ter um impacto grande sobre o fluxo aéreo e atrapalhar a aproximação de aeronaves nos outros aeroportos.

Existe possibilidade de retomar o projeto de terceira pista em Guarulhos?
Não existe.

O concessionário que investir em Guarulhos e Viracopos vai ter garantias de que não haverá concorrência com um terceiro aeroporto?
O risco de novos aeroportos ele sempre vai ter.

O Brasil está próximo de bater o recorde de acidentes aéreos [103, até 1/09; o recorde da década foi em 2009, 113]. Como a Anac vê isso?
Quando pega esse número absoluto, é ruim. A aviação geral e a regular têm crescido bastante. O índice que usamos é o de acidentes por combustível consumido. E por esse indicador a aviação está mais segura.
[Dados passados pela Anac após a entrevista apontam que o índice de acidentes com morte por combustível, na verdade, está mais alto do que o dos anos anteriores. A agência espera que a média deva se igualar à habitual no final do ano.]

Falta fiscalização?
Não. É impossível fiscalizar todas as operações de aviação no Brasil. Nem se eu tivesse 100 mil funcionários eu conseguiria fazer isso. O que a gente tem trabalhado é para ser cada vez mais eficiente, inclusive fazendo fiscalização surpresa.

Em alguns dos acidentes recentes, vimos pilotos com carteira vencida usando a habilitação de outro piloto.
Temos hoje um sistema que obriga o piloto da aeronave privada a passar os dados para a torre. É uma inovação. Mas sempre vão encontrar maneiras de burlar. Estamos implementando um sistema novo de identificação positiva, com senha, como num banco. O piloto passará o número da habilitação à torre e terá de confirmar com a senha. Se ele emprestar a senha, é responsabilidade dele.

As empresas querem discutir a carga horária dos pilotos. Piloto brasileiro voa pouco?
É possível discutir. A nossa carga horária é mais baixa que a americana e europeia. Os EUA estão analisando a redução, mesmo assim mantendo mais alta que a nossa. Do ponto de vista da agência, interessa saber se a carga proposta demonstra problema de segurança.

Fonte: Folha de S. Paulo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Olimpíada-16 está mais avançada que Copa-14, afirma Odebrecht.

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, mostrou forte preocupação com a escassez de mão de obra qualificada no país e afirmou que, "se bobear, as [obras das] Olimpíadas [de 2016] ficam prontas antes [das] da Copa [de 2014]".

Os comentários foram feitos durante um debate sobre as oportunidades que os grandes eventos esportivos oferecem para a iniciativa privada no Rio de Janeiro, em seminário promovido pela revista "Exame" na tarde desta quarta-feira.
"A Copa é uma coisa mais dispersa, uma distribuição de responsabilidades que não é clara. No caso da Olimpíada, o planejamento veio antes das obras, o que não aconteceu com a Copa", disse Odebrecht, cuja empresa participa tanto de projetos olímpicos, como a revitalização da zona portuária do Rio, quanto da construção de estádios para a Copa.

"Tudo que está acontecendo no Rio eu não sei se aconteceria sem a Olimpíada."
Odebrecht afirmou que a demanda por infraestrutura no Brasil continuará grande nos últimos anos, até porque as obras para a Copa não ficarão todas prontas a tempo.
"A questão da mão de obra qualificada vai continuar sendo o grande gargalo do Brasil. A gente chegou a um ponto tal de falta de mão de obra que não dá para fazer mais. Não temos problema de projeto para fazer, temos é falta de capacidade para fazer. A gente tem que investir em educação, educação, educação", disse.
O empresário afirmou que "a cadeia produtiva não está suportando" a demanda por novos projetos. "Quem comprou apartamento recentemente sabe, recebeu com atraso e má qualidade".

Ele reclamou ainda de um fenômeno de "inchamento salarial", "o aumento salarial desprovido de aumento de produtividade".
Representante do governo no debate, o diretor de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, disse que a questão de qualificação de mão de obra está sendo equacionada por programas como o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). O diretor-executivo da agência municipal Rio Negócios também citou investimentos de universidades estrangeiras na cidade do Rio e o fato de que UFRJ e PUC-RJ devem dobrar de tamanho nos próximos cinco anos.

Odebrecht retrucou que estava preocupado justamente sobre o que aconteceria nos próximos quatro, cinco anos --período no qual acontecerão Copa e Olimpíada.
O diretor do BNDES minimizou ainda a preocupação exposta pelo empresário com a realização da Copa. "Tem um escarcéu pela imprensa que não é muito verdadeiro. Todos os estádios estão andando, um ou outro um pouco mais atrasado. E eu não tenho dúvida de que nós vamos fazer uma grande Copa."

Fonte: UOL

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Aeroportos cresceram acima da meta.


Aeroportos do país terão 530 milhões de passageiros em 2030, diz BNDES

A demanda anual de passageiros nos aeroportos brasileiros deverá chegar a 530 milhões de pessoas até 2030, o que provocará uma necessidade de investimentos de R$ 25 bilhões a R$ 34 bilhões nos 20 principais terminais do país.
Os dados foram apresentados hoje pelo presidente de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Siffert, no seminário sobre concessões aeroportuárias na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
"Esses números são uma grande oportunidade para o Brasil atrair investidores e operadores estrangeiros", disse Siffert.
De acordo com ele, o BNDES está aberto também a financiar os eventuais investidores estrangeiros em aeroportos no Brasil. Para investimentos em infraestrutura, o banco de fomento calcula uma taxa de juros de cerca de 8,4% ao ano em suas linhas de financiamento, sendo 6% da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e o restante da taxa de risco de crédito, o que depende do projeto e da empresa tomadora de recursos.
"Se você imaginar que o IPCA vai ficar entre 5% e 6%, a taxa real de juros do BNDES será de 3 pontos", ressaltou.
De acordo com o superintendente, o BNDES tem por costume conceder financiamentos com prazo de 16 anos no setor de infraestrutura.